A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) ficou paralisada no último dia 5 de dezembro em decorrência da Greve Nacional convocada pelos sindicatos e algumas centrais sindicais. O objetivo da mobilização nacional foi pressionar o governo ilegítimo de Temer para a não aprovação da reforma da previdência, prevista para os próximos dias, além da defesa da universidade pública e gratuita fortemente ameaçada pelo governo.
O dia 5 de dezembro foi articulado pelas centrais sindicais brasileiras, porém na última quinta-feira (30), as maiores centrais sindicais (CUT, Força sindical, UGT, CSB, Nova Central) anunciaram a decisão unilateral de retirada do chamado de greve nacional, sob alegação de que a reforma da previdência não seria mais votada nesta semana. A ADUFDourados, seguindo a orientação do ANDES/SN e da CSP-Conlutas mantiveram o chamado de greve nacional.
A FASUBRA, entidade nacional de representação dos técnicos-administrativos, apesar de ser filiada à CUT, manteve a convocação da greve nacional, assim como o SINTEF, sindicato que representa os técnicos-administrativos da UFGD. Na 6ª Assembleia Extraordinária da ADUFDourados que aconteceu na última quinta-feira (30), os docentes encaminharam a participação na paralisação da Greve Nacional. A partir das deliberações de cada sindicato foi organizado em conjunto as atividades da última quarta-feira (5) nos três períodos e em locais diferentes da UFGD.
Pela manhã na Unidade II, os blocos e faculdades foram fechados com correntes, faixas e cartazes contra a reforma da previdência e em defesa da universidade pública e gratuita. Em seguida aconteceu um debate público com o título “Quer pagar quanto?”, que fazia menção ao relatório do Banco Mundial, que recomenda ao governo brasileiro cobre mensalidade nas universidades públicas e a Emenda Constitucional 366/17, apresentada pelo deputado Andrés Sanchez (PT/SP), de mesmo conteúdo.
Na parte da tarde os professores, técnicos-administrativos e estudantes foram até a reitoria da UFGD para dar continuidade as atividades da Greve Nacional. Na hora do almoço foi organizado um almoço solidário e a partir das 12:00 a reitoria foi fechada com correntes, faixas e cartazes.
De noite a mobilização foi deslocada para a FADIR, que também foi fechada pelo movimento e um sarau foi organizado.
A maioria dos professores e técnicos-administrativos aderiram à paralisação do dia 5 de dezembro. Em breve lançaremos um texto de avaliação sobre as atividades da Greve Nacional e compartilharemos no site e nas redes sociais da ADUFDourados.